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JOSÉ CARLOS MOREIRA, CODÓ

Velocista vive o sonho da medalha olímpica


Assessoria de Comunicação

José Carlos Moreira, Codó

Data e local de nascimento: 28/9/1983, em Codó (MA)

Prova: 100 m, 200 m e 4x100 m

Principais conquistas: Medalha de bronze na Olimpíada de Pequim-2008 no revezamento 4x100 m; medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio-2007 no revezamento 4x100 m.

 

José Carlos Moreira, o Codó, viveu o sonho de ganhar uma medalha olímpica 11 anos após a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, na China. O Brasil ficou na quarta posição na China, com José Carlos Moreira, Sandro Viana, Vicente Lenilson e Bruno Lins, com 38.24. Mas a equipe herdou a medalha de bronze com a mudança de posições entre os países depois da desclassificação da Jamaica.

A equipe jamaicana de Usain Bolt tinha sido a primeira colocada e levado o ouro, mas foi eliminada com o doping de Nesta Carter só comprovado depois de um reexame feito em 2017.

Com a reclassificação, a medalha de bronze de Pequim foi entregue formalmente ao Brasil e aos atletas brasileiros no dia 31 de outubro de 2019, no Museu do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Lausanne, na Suíça. Codó – o apelido é referência a cidade em que nasceu, no Maranhão - esteve ao lado de Sandro Viana, Vicente Lenílson e Bruno Lins, numa cerimônia que definiu como espetacular e muito emocionante, uma experiência única depois de uma angústia de mais de uma década.

A espera foi longa e várias vezes os atletas pensaram em desistir de lutar pela medalha, mas isso não ocorreu e a luta ao lado da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e do Comitê Olímpico do Brasil (COB) deu certo. Codó disse a época da cerimônia de premiação que a justiça prevaleceu e o time do Brasil foi reconhecido.

Codó também é campeão pan-americano. Correu as semifinais do revezamento 4x100 m dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, ajudando o Brasil a ir para a final e conquistar a medalha de ouro. E também integrou a equipe do revezamento 4x100 m nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, na Grã-Bretanha (Brasil foi 10º, com 38.35).

O início – Em 1998, quando jogava futsal, não se classificou para os Jogos Escolares Estaduais do Maranhão (JEMs), mas queria viajar para São Luís para participar da competição. Um professor avisou o menino que poderia conseguir a vaga pelo atletismo. E foi aí que tudo começou. Nos JEMs ganhou os 100 m e os 200 m e tomou gosto pelo atletismo.

Ganhou o apelido Codó justamente por se destacar nos jogos escolares maranhenses representando a sua cidade natal. Treinou em um projeto da Prefeitura de Codó. Em 2002, numa competição em Belém, foi convidado para competir pela equipe BM&F no grupo de velocistas do treinador Katsuhico Nakaya. Mudou para São Paulo em 2003, para Londrina no ano seguinte. Foi campeão brasileiro nos 100 m no Troféu Brasil de Atletismo em 2006. Passou a treinar em Presidente Prudente no grupo do treinador Jayme Netto Júnior que reunia os melhores velocistas do Brasil.

O velocista brilhou nas competições nacionais e tem seis medalhas do Troféu Brasil Caixa de Atletismo – quatro de ouro, uma de prata e uma de bronze.

Como treinador e gestor esportivo Codó atuou no Projeto Atletismo Maranhão, com o apoio da Secretaria de Esportes e Lazer (Sedel) e do Governo do Maranhão. É o patrono da iniciativa, lançada em 2020 como uma das principais equipes do Nordeste e do Brasil, na cidade de Codó, a cerca de 300 quilômetros de São Luís, a capital do Maranhão. O projeto tem três núcleos – em São Luís, Codó e Timon e também fará a detecção e treinamento de atletas em iniciação no atletismo.