CONSELHO TÉCNICO

Convocação dos treinadores para 2022 tem critérios definidos

O Conselho Técnico da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) aprovou as normas de indicação desses profissionais para as seleções brasileiras, do sub-18 ao adulto, que levam em conta, além do aspecto técnico, a meritocracia e a igualdade de gêneros

Bragança Paulista – O Conselho Técnico da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) definiu os critérios de convocação de treinadores para a temporada de 2022. Os destaques desses novos critérios de qualificação levam em conta, além dos aspectos técnicos em si, a meritocracia e a igualdade de gênero, recomendada pela World Athletics para toda a comunidade mundial do atletismo.



Para compor as seleções brasileiras também há, desde agosto de 2021, uma condição que independe de qualquer critério técnico: a obrigatoriedade de o treinador ter o certificado do Curso de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e Abuso no Esporte, realizado pelo Instituto Olímpico Brasileiro, do Comitê Olímpico do Brasil (COB). 



Todos os critérios já foram informados pela Nota Oficial 192, publicada no dia 22 de dezembro de 2021, e se aplicam às seleções brasileiras adultas, sub-23, sub-20 e sub-18 que serão convocadas em 2022. "Conseguimos definir os critérios claramente, desenhado pela CBAt, levado e aprovado pelo Conselho Técnico, onda há a representatividade de toda a comunidade, com transparência nas ações e tentando acertar ao máximo. O objetivo é chegar o mais perto possível do melhor para oferecer a comunidade", afirma Domingos Pandeló, Gerente Técnico da CBAt. 



Para o treinador-chefe, o responsável pela coordenação dos demais treinadores em questões técnicas, administrativas e comportamentais são pré-requisitos: ter bom nível de comunicação na língua inglesa e ou espanhola ou na língua do país-sede, a depender do local da competição; ter sido treinador nacional convocado para seleções anteriores, na categoria igual ou superior a que se dá a convocação atual; amplo e efetivo conhecimento técnico; apresentar excelente capacidade de liderança, organização e habilidade na comunicação. O treinador-chefe não precisará, necessariamente, ter atletas na delegação, desde que a indicação se justifique pelas características exigidas pela missão.



Em delegações completas - como os Campeonatos Sul-Americanos, Ibero-Americanos e Copas Pan-Americanas -, todos os grupos de provas devem ser atendidos. Os critérios são os seguintes: treinadores com os atletas mais bem ranqueados por grupo de provas; com maior número de atletas por grupo de provas; treinadores-chefes do gênero masculino e do feminino. Podem ser levadas em consideração condições especiais para que sejam atendidas especificidades das provas (ad referendun do Conselho Técnico).



Para as delegações por índices - Mundiais, Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas -, devido a seletividade e limitação do número de credenciais, o critério de convocação para treinadores será com base na posição ocupada pelos atletas no World Ranking de pontos, o oficial da World Athletics.



Para as categorias sub-20 e sub-18, o Top List será o ranking utilizado. Assim, serão convocados os treinadores dos atletas mais bem ranqueados em cada grupo de provas. Vagas remanescentes serão distribuídas aos treinadores com maior número de atletas - pela ordem de sequenciamento do ranking dos que compõem a delegação.



Os grupos de provas são: velocidade e barreiras, meio-fundo e fundo, saltos verticais, saltos horizontais, arremesso e lançamentos, combinadas e marcha atlética.



Para efeito de convocação de treinadores com base no número de atletas serão consideradas provas singulares. Convocações de atletas apenas para a composição de revezamentos não contam para o critério de treinadores com maior número de atletas. O treinador responsável pelo revezamento será escolhido, dentre os treinadores das provas de velocidade, pelo treinador-chefe, consultando os demais treinadores de velocidade.



A CBAt usará as informações disponibilizadas em seu sistema extranet para as convocações. Atendendo diretrizes da WA, procurará, na composição das suas delegações, obedecer sempre que possível a igualdade de gênero, observando a representatividade de treinadoras e treinadores na comissão técnica.



Sempre que houver atletas mulheres na delegação, ao menos uma treinadora acompanhará a seleção. Caso a convocação da treinadora não se enquadre nos critérios anteriores (treinadora-chefe, maior número de atletas, ou atletas melhores ranqueados), a vaga será destinada a treinadora com o atleta melhor ranqueado no sistema.



Os critérios aprovados pelo Conselho Técnico também falam sobre o procedimento a ser adotado em caso de lesões. No momento em que aceita uma convocação o treinador deverá declarar que o atleta está treinando normalmente, sem nenhuma lesão aparente que impacte na sua performance. Caso ocorra alguma lesão após o aceite, deve ser comunicada imediatamente à CBAt.



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