
CLAUDIO ROBERTO SOUSA
Atletismo
Treinador: Katsuhico Nakaya
Claudio Roberto Sousa
Data e local de nascimento: 14/10/1973, em Teresina (PI)
Prova: 100 m, 200 m, revezamento 4x100 m
Principais conquistas: Medalha de prata na Olimpíada de Sydney-2000 e medalha de prata no Mundial de Paris-2003 no revezamento 4x100 m.
Claudio Roberto Sousa entrou para a história pela conquista da medalha de prata olímpica com o revezamento 4x100 m nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000. E porque teve de esperar 20 anos para receber sua medalha, numa cerimônia de premiação histórica, realizada no Troféu Brasil de Atletismo de 2020, em São Paulo.
Ajudou a classificar o Brasil para a final do revezamento 4x100 m em Sydney, mas ficou sem a medalha até que o Comitê Olímpico Internacional (COI) reparou o engano. O velocista disputou a semifinal da prova em Sydney – substituiu Claudinei, poupado porque disputaria a final dos 200 m. No dia da premiação retornou ao Brasil sem receber a medalha e ficou sem ela – alguém teria pegado e não entregou.
Claudinho, como é chamado pela comunidade atlética, recebeu em 2020 documento do COI, enviado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) confirmando que receberia a medalha de prata, um pin e o diploma de medalhista olímpico. Recebeu com grande emoção a sua medalha de prata, depois de 20 anos de espera, no dia 13 de dezembro de 2020, no término do programa de provas do Troféu Brasil Caixa de Atletismo, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo.
A cerimônia do Comitê Olímpico Internacional (COI), realizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), foi a única entrega de medalha olímpica do ano de 2020, marcado pela pandemia da COVID-19 e pelo adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021.
A medalha - que veio do Museu Olímpico, que fica em Lausanne, Suíça - foi entregue a Claudio Roberto por Bernard Rajzman, representante brasileiro no COI, ao som do Hino Olímpico, após um emocionante revezamento na pista simulado pelos titulares do time brasileiro em 2000. Vicente Lenilson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos, Claudinei Quirino participaram do revezamento simbólico na pista do Centro Olímpico até a passagem do bastão para Claudio que correu até o fim sob aplausos dos companheiros.
A falta da medalha foi, em parte, compensada pela homenagem feita por André Domingos, na Assembleia da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) em 2016, em São Paulo. André entregou a Claudio uma réplica da medalha que ele levava para apresentar às crianças, aos gestores de empresas e da Caixa em palestras, ações ou eventos dos quais participava. Carregava a réplica para todo lado. Mas o tema voltou à tona com o passar dos anos e Claudio recebeu a sua medalha.
No Mundial de Paris-2003, na França, Claudinho substituiu Claudinei Quirino, machucado, na equipe principal, no ápice de sua forma, perto dos 30 anos. Ele conseguiu suas melhores marcas individuais antes do Mundial. Em abril de 2002, correu os 100 m em 10.19. Em maio de 2003, fez os 200 m em 20.24. O Brasil passou à final do 4x100 m em Paris com a quarta melhor marca.
Na decisão, correram pela ordem: Vicente Lenilson, Edson Luciano, André Domingos e Claudio cruzando a linha de chegada: o Brasil fez 38.26. A medalha veio, primeiro de bronze e depois de prata – os britânicos, vice-campeões, foram desclassificados por causa do doping do velocista Dwain Chambers.
Ainda disputou a final da Olimpíada de Atenas-2004, na Grécia, quando a equipe ficou em oitavo lugar. Foi a duas Olimpíadas, a quatro Mundiais e a dois Pan-Americanos e deixou o atletismo em 2008 – correndo 10.33 nos 100 m e 21.04 nos 200 m –, quando não se qualificou para a Olimpíada de Pequim.
O início – Começou no atletismo numa escola em Teresina, Piauí, com 15 anos. Em sua cidade, dividia os treinos com o emprego de datilógrafo e, mesmo assim, três meses depois foi campeão brasileiro sub-18.
Com 17 anos enfrentou o sarampo e a pneumonia no mesmo ano, ficou parado, mas quando voltou foi campeão brasileiro sub-20. Seguiu carreira em São Paulo. Estiveram ao seu lado no início os professores Batista e Amparo. Seu primeiro treinador foi o professor José Ribeiro da Silva. E depois, os treinadores Ezio Magalhães e Katsuhico Nakaya.
Sofreu muitas lesões na carreira, mas que foi muito vitoriosa. Continuou ligado ao esporte por meio de seus projetos sociais, por quatro anos em Jaú, São Paulo, e em 2020 em Teresina, no Piauí.
Integra a Assembleia Geral da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e o Programa Ídolos Loterias Caixa do Atletismo.
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