Rosangela Cristina Oliveira Santos

Rosangela Cristina de Oliveira Santos

Data e local de nascimento: 20/12/1990, em Washington (EUA)

Prova: 100 m, 200 m e revezamento 4x100 m

Principais conquistas: Medalha de bronze no revezamento 4x100 m nos Jogos de Pequim-2008, correu os 100 m abaixo dos 11 segundos: 10.91, em Londres-2017; medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011 nos 100 m,

Correu os 100 m com um tempo abaixo dos 11 segundos (10.91, recorde sul-americano), integrou o revezamento 4x100 m que ficou com a medalha de bronze dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, na China. Com 17 anos, a velocista fechou o revezamento 4x100 m em Pequim, ficando em quarto lugar. Nove anos depois, recebeu o bronze herdado por doping de uma atleta da equipe russa, que havia sido campeã.

Rosangela correu os últimos 100 m na equipe integrada por Rosemar Coelho Neto, Lucimar Moura e Thaíssa Presti. O Brasil fez 43s14 – ficou atrás da Rússia, Bélgica e Nigéria, e deixou escapar o pódio por 10 centésimos de segundo.

Em agosto de 2016, porém, oito anos após a disputa, o Comitê Olímpico Internacional (COI) divulgou uma série de resultados de exames refeitos em amostras coletadas em Pequim-2008 e Londres-2012 e uma das reanálises indicou o uso de substância proibida por parte de uma corredora russa.

O COI retirou a medalha de ouro da equipe da Rússia. Com isso, o Brasil formou o pódio com Bélgica e Nigéria e herdou o bronze. Rosangela e suas colegas receberam a medalha de bronze no dia 29 de março de 2017, durante a cerimônia do 18º Prêmio Brasil Olímpico, realizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.

Rosangela ainda tem três medalhas de ouro ganhas nos Jogos Pan-Americanos. Em Guadalajara, no México, em 2011, foi campeã dos 100 m (11.22) e com o revezamento 4x100 m, com 41.85, novo recorde sul-americano na época para o Brasil. A terceira medalha, também de ouro e no 4x100 m veio nos Jogos Pan-Americano de Lima-2019, no Peru.

Ela participou e foi finalista nos Mundiais de Daegu-2011 com o revezamento 4x100 m (6ª) e de Londres-2017, tanto no 4x100 m (7ª) quanto nos 100 m (7ª), e nos Jogos do Rio-2016. Na semifinal do Mundial de Londres (em 6/8/2017), correu os 100 m em 10.91 (-0.2) para estabelecer o recorde sul-americano da prova.

Suas melhores marcas nos 200 m são 22.77, feita em Birmingham, Grã-Bretanha, em 7/6/2015, e 42.29, no revezamento 4x100 m, então recorde sul-americano conseguido na semifinal do Mundial de Moscou, em 18/8/2013, com Ana Claudia Lemos, Evelyn dos Santos e Franciela Krasucki.

Rosangela tem ainda duas medalhas em Campeonatos Mundiais em categorias de base. O seu primeiro pódio internacional foi obtido aos 16 anos. Foi medalha de prata nos 100 m do Mundial Sub-18, disputado em Ostrava, República Tcheca, com 11.47, em 2007. No ano seguinte, ao lado de Barbara Oliveira, Barbara Leôncio e Luana Martins Correa, conquistou o bronze no revezamento 4x100 m no Mundial Sub-20 de Bydgoszcz, Polônia.

O início - Nasceu em Washington, Estados Unidos, porque os pais foram morar lá. Veio para o Brasil com um ano para tratar de uma pneumonia e acabou ficando. Foi criada por Maria das Graças, a tia Graça, ao lado dos primos Gabriel e Ana Paula, em Padre Miguel. Seu avô, Orozimbo de Oliveira, foi um dos fundadores da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

Na escola do bairro carioca de Campo Grande, onde cursava o ensino básico, o professor de educação física notou as aptidões físicas da aluna. Rosangela acompanhou um primo que fazia atletismo e a treinadora Edileuzimar Medeiros convidou a garota para um teste. Tinha 9 anos e começou a treinar na Vila Olímpica mantida em Padre Miguel pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Desde o início as provas escolhidas foram de velocidade.

Suas primeiras medalhas em mundiais aos 16 anos comprovam o talento que Rosangela sempre teve e a evolução que apresentou da infância à adolescência.

Integra a Assembleia Geral da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e o Programa Ídolos Loterias Caixa do Atletismo.