Maurren Higa Maggi

Data e local de nascimento: 25/6/1976, em São Carlos (SP)

Prova: Salto em distância

Principais conquistas: Medalha de ouro no salto em distância nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008; medalhas de prata no Mundial Indoor de Valência-2008 e de bronze no Mundial Indoor de Birmingham-2003; tricampeã dos Jogos Pan-Americanos, em Winnipeg-1999, Rio de Janeiro-2007 e Guadalajara-2011 no salto em distância, medalha de prata em Winnipeg-1999 nos 100 m com barreiras.

Depoimento: “Lembro como se fosse hoje, cada minutinho, desde que acordei. A caminhada na Vila Olímpica, o bate-papo com os colegas para matar o tempo e controlar a ansiedade. A ida para o Ninho de Pássaro com o Nélio (Nélio Moura, seu treinador), o momento que encontrei para escrever uma carta para ele e para a Tânia (mulher de Nélio), antes de me aquecer. Lembro de tudo o que se passou dentro do estádio, e também depois…”

Conquistou a medalha de ouro na prova do salto em distância da Olimpíada de Pequim-2008, com a marca de 7,04 m. Ganhou o ouro olímpico em 22 de agosto de 2008, medalha definida por ela como ‘mágica’, obtida por apenas um centímetro de diferença e que mudou a sua vida.

A marca de 7,04 m veio no primeiro salto dos seis a que tinha direito durante a prova olímpica. E Maurren teve de assistir as adversárias – a russa Tatiana Lebedeva, campeã olímpica em Atenas-2004 e campeã mundial em Osaka-2007, saltou seis vezes, mas só chegou a 7,03 m. A memória mais forte que tem daquele dia é do placar e de que a russa havia saltado 1 cm a menos do que ela. Foi o momento mais importante da sua vida como disse, para registros históricos da imprensa brasileira. Maurren superou as 11 concorrentes na final (Tatiana perdeu depois a medalha por doping).

Além do ouro olímpico, Maurren tem duas medalhas em Mundiais Indoor: prata em Valência-2008, na Espanha, e bronze em Birmingham-2003, na Grã-Bretanha. Foi finalista nos Mundiais: Sevilha-1999, na Espanha, Edmonton-2001, no Canadá, e Osaka-2007, no Japão, Berlim-2009, na Alemanha, e Daegu-2011, na Coreia do Sul.

Na antiga Copa do Mundo, foi prata em Madrid-2002, na Espanha, e ganhou o IAAF Grand Prix na mesma temporada.

É tricampeã dos Jogos Pan-Americanos, vencendo em Winnipeg-1999, no Canadá, Rio de Janeiro-2007 e Guadalajara-2011, no México. Foi campeã da Universíade de Pequim, na China, em 2001, e no mesmo ano ganhou os Jogos da Amizade em Brisbane, na Austrália.

O melhor resultado no salto em distância de sua carreira foi alcançado em 1999, ao ganhar o Campeonato Sul-Americano de Bogotá, com 7,26 m (1.8). Foi o melhor salto da temporada em todo o mundo e um dos 10 melhores da história da prova, até então.

Maurren também obteve boas marcas no salto triplo e nos 100 m com barreiras. No triplo, foi recordista sul-americana com 14,57 m. E nas barreiras, ganhou a medalha de prata em Winnipeg-1999 e detém o recorde sul-americano desde 2001, quando marcou 12.71 (0.1), em Manaus.

O início – Seu nome foi dado pelo pai William que era fã dos Beatles, em homenagem a primeira mulher do baterista Ringo Starr.

A parceria de Maurren e o treinador Nélio Moura começou em 1994, quando ela foi treinar no Projeto Futuro, no Ibirapuera, em São Paulo. Os primeiros bons resultados foram obtidos em 1996, quando alcançou 6,47 m. Maurren também mostrou versatilidade, pois alcançou boas performances ainda no triplo e nos 100 m com barreiras.

Tem também uma história de superação, quando parou por dois anos suspensa por resultado positivo em controle de doping no Troféu Brasil de 2003 – o teste acusou a presença da substância proibida clostebol e seus metabólitos (pelo uso de Novaderm, um creme dermatológico, após sessão de depilação a laser, argumento na defesa). Nesse tempo teve sua filha Sophia, com o piloto Antonio Pizzonia, antes de voltar a competir.

Maurren parou de competir em 2016. Integra a Assembleia Geral da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e o Programa Ídolos Loterias Caixa do Atletismo.