Histórico

Campeonato nasceu em Barcelona 1983.

Oito vezes campeão Brasil lidera no quadro geral de medalhas

O 17º Campeonato Ibero-Americano de Atletismo será disputado de 14 a 16 de maio deste ano, no Estádio Olímpico do Engenhão, no Rio de Janeiro, palco do torneio atlético da Olimpíada do Rio. Definida como evento-teste dos Jogos do Rio 2016, esta será a quarta vez que uma cidade brasileira é sede do evento. Manaus organizou o Campeonato em 1990, o próprio Rio de Janeiro fez o evento em 2000 e São Paulo em 2014.

A edição inaugural do Campeonato Ibero-Americano foi realizada em 1983, na cidade catalã de Barcelona, na Espanha. Antes, porém, já havia a intenção de realizar um evento atlético com os países de fala espanhola e portuguesa. Em 1960 e 1962, foram disputados os Jogos Ibero-Americanos, que tiveram o torneio de Atletismo no programa e contou com a presença de brasileiros.

Em 1983, já com a Associação Ibero-Americana de Atletismo (AIA) fundada um ano antes, o sonho foi concretizado. Inicialmente, a disputa aconteceria a cada dois anos. A segunda edição foi marcada para Santiago, no Chile, em 1985. Como a cidade desistiu da sede, o Campeonato foi transferido para Havana, em Cuba. Desde então, a periodicidade tem sido respeitada.

Na história do Ibero-Americano, três países se destacam: Brasil, Espanha e Cuba. Com o total de 492 pódios, o Brasil é líder da classificação geral do Campeonato. É o primeiro também em número de títulos: 169 medalhas de ouro. O País tem, ainda, 170 medalhas de prata e 153 de bronze. Segunda no total de medalhas, a Espanha tem 110 de ouro, 122 de prata e 116 de bronze, com 348 no total. Já Cuba, com 300 pódios no geral, é o segundo país em ouros, com 161 medalhas, além de ter mais 90 de prata e 49 de bronze, e com 300 no total.

A Seleção Brasileira é a que tem mais títulos por equipe. Foi oito vezes campeã: em Manaus (AM) – 1990; Mar del Plata (Argentina) – 1994; Rio de Janeiro (RJ) 2000; Cidade da Guatemala (Guatemala) – 2002; Ponce (Porto Rico) – 2006; Iquique (Chile) – 2008; Barquisimeto (Venezuela) – 2012; São Paulo (Brasil) – 2014.

Vinte e nove nações são filiadas à AIA e os Campeonatos reúnem, em média, perto de 400 atletas. Nomes de primeira grandeza do Atletismo mundial têm defendido seus países na competição. Entre os recordistas do torneio, por exemplo, estão brasileiros como Robson Caetano da Silva, que marcou 10.00 nos 100 m, no México-1988; Eronilde Araújo, com 48.96 nos 400 m com barreiras em Lisboa-1998; e Fabiana Murer, com 4,85 m no salto com vara, em San Fernando-2010.

Outros atletas históricos têm seus nomes no quadro de recordes do torneio. Caso dos cubanos Javier Sotomayor, campeão olímpico e recordista mundial do salto em altura; o tetracampeão mundial do salto em distância Iván Pedroso; a corredora Ana Quirot (400 m, 800 m); a bicampeã mundial do lançamento do martelo, Ypsi Moreno, entre vários outros.

Há também a espanhola Nuria Fernández, nos 1.500 m; a campeã olímpica dos 10.000 m, Fernanda Ribeiro, de Portugal; o argentino Germán Chiaraviglio, no salto com vara; a colombiana Ximena Restreppo, nos 400m com barreiras; o mexicano Carlos Mercenário, na marcha, o chileno Gert Weil...

Participam do Campeonato Ibero-Americano, atletas de Espanha e Portugal, além dos países de fala espanhola e portuguesa dos continentes americano e africano. Guiné Equatorial, onde o espanhol é a língua oficial, na África, e Andorra, com fala catalã, na Europa, também integram a AIA, entidade reconhecida pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), e que tem o brasileiro Roberto Gesta de Melo é como presidente.

Países Ibero-Americanos: Andorra, Angola, Argentina, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, El Salvador, Espanha, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Honduras, México, Moçambique, Nicarágua, República Dominicana, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Porto Rico, Santo Tomé e Príncipe, Uruguai e Venezuela.